Resumo

Título do Artigo

QUAL O PAPEL DO GERENTE NA ARTICULAÇÃO DAS CAPACIDADES DINÂMICAS DA OBTENÇÃO DE VANTAGEM COMPETITIVA? UM ESTUDO DE CASO EM EMPRESA DE SERVIÇOS
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Palavras Chave

Gerente
Capacidades Dinâmicas
Vantagem Competitiva

Área

Estratégia em Organizações

Tema

Estratégia de Pequenas e Médias Empresas

Autores

Nome
1 - Carlos Eduardo de Morais
UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA (UNISUL) - Pedra Branca
2 - Edson Luis Kuzma
UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA (UNOESC) - CHAPECÓ
3 - Mario Henrique ogasavara
Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) - São Paulo
4 - Simone Sehnem
UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA (UNOESC) - Chapecó

Reumo

As pequenas e médias empresas (PME) desempenham um papel vital na economia, representando mais de 90% das transações comerciais e produção de bens e serviços (Litvaj, Drbul e Buzek, 2023). Para obter competividade, as PME adquirem conhecimentos, reconfiguram recursos e tomam decisões estratégicas (Dasilva & Trkman, 2014; Schultz, 2001). Essas ações, percepções competitivas e decisões gerenciais moldam as capacidades dinâmicas para alcançar vantagens competitivas (Teece et al., 2016). Entretanto, a falta de gestão estratégica prejudica o crescimento e desempenho das PME (Borch & Madsen, 2007).
Desse modo, o problema de pesquisa é: como o gerente articula as CD para obtenção de VC em PME, aplicado ao contexto de um país de economia emergente? Para responder à pergunta, o objetivo é analisar a articulação das CD pelos gerentes para obtenção de VC em uma empresa de serviços, sediada num país de economia emergente.
As CD na visão de Teece et al. (1997), são a habilidade da empresa em gerar, combinar, integrar e recombinar competências, recursos e ativos para obter melhorias internas e externas. Esses recursos formam o conceitual de CD, e ligam a visão baseada nos recursos (Peteraf, 1993) Um bom desempenho requer estratégias dinâmicas e a capacidade de se adaptar e aproveitar as mudanças no ambiente de negócios (Teece, 2014). Integrar os ativos tangíveis e intangíveis como base concreta de VC em um ambiente volátil pode ser considerado uma aplicação das CD (Teece et al., 1997; Eisenhardt & Martin, 2000).
Foi conduzido um estudo de caso único, com uma empresa brasileira de transportes, onde utilizou-se de uma abordagem qualitativa, para o qual foram coletadas evidências primárias, com entrevistas em profundidade e observação dos participantes in loco, e coleta de evidências secundárias, com pesquisa documental. Por fim foram testadas proposições com base nos preceitos de Eisenhardt (1989).
O estudo revelou 14 triangulações da ação do gerente na alocação de recursos para gerar novas capacidades. Metade das 28 questões, validou-se pela triangulação, o que é considerado "bom". Dos resultados, 57% são intangíveis, enquanto 43% são tangíveis, baseados em indicadores e escalas de mensuração. Das 14 triangulações, 43% estão ligadas às CD de aproveitamento, enquanto de identificação e reconfiguração representam 29% cada. Os achados confirmam que a empresa aproveita oportunidades de mercado e lida com ameaças externas (Teece 2007; Tondolo et al.,2015 e Alford & Duan, 2017).
Por meio de uma revisão teórica abrangente sobre CD, estratégia e VC, foi possível relacionar esses conceitos com o contexto empírico de uma empresa de serviços de transporte. A análise da evolução estrutural e das práticas dos gerentes revelou o desenvolvimento das CD e como a empresa busca obter VC. O estudo vinculou teorias interpretativas das CD à utilização e configuração de recursos em uma empresa, destacando o papel do gerente em ações relevantes.
Barney, J. B. (1991). Firm resources and sustained competitive advantage. Journal of Management, 17(1), 99–120. Collis, D. J. (1994). Research note: how valuable are organizational capabilities?. Strategic Management Journal, 5(S1), 143-152. Peteraf, M. A. (1993). The cornestones of competitive advantage: a resource-based view. Strategic Management Journal, 14(3), 179–191. Teece, D. J., Pisano, G., & Shuen, A. (1997). Dynamic capabilities and strategic management. Review of. Strategic Management Journal, 18(7), 509–33.