Resumo

A preocupação global com as mudanças climáticas impulsiona setores, incluindo as tecnologias de informação e comunicação, a reduzir as emissões de gases de efeito estufa). A sustentabilidade se tornou fundamental, buscando atender às necessidades presentes sem comprometer o futuro. Alcançar modelos de processos sustentáveis é desafiador, envolvendo redução de custos e consumo eficiente de energia. Esses modelos têm impacto nas dimensões ambientais, sociais e econômicas. As entidades públicas desempenham um papel importante na disseminação das contratações sustentáveis.

Processos são essenciais para as organizações, mas a integração da sustentabilidade traz desafios. Organizações devem usar processos adequados para escolhas sustentáveis, promovendo o desenvolvimento sustentável. A falta de processos formalizados de compras nas unidades públicas gera problemas, como falta de visão sistêmica e ineficiência. Viabilizá-lo é relevante para tornar as contratações públicas mais sustentáveis, reduzindo impactos negativos e estimulando mercados sustentáveis. O objetivo central deste artigo é estabelecer um processo de compras que aborde a sustentabilidade.

A sustentabilidade busca o equilíbrio entre recursos naturais e sua utilização pela sociedade (BIDERMAN et al., 2008). Compras públicas sustentáveis têm como objetivo promover o uso eficiente desses recursos, evitando o seu esgotamento. Assim, as organizações devem promover processos de negócios sustentáveis, que incorporam a sustentabilidade em seus objetivos (WECKER; FROEHLICH, 2020), diante do crescente uso de recursos, os impactos ambientais e o aumento da população. Um processo é sustentável quando engloba as dimensões de sustentabilidade e adota padrões sustentáveis (NOWAK et al., 2011).

Esta pesquisa é aplicada e busca gerar conhecimento para aprimorar as compras públicas sustentáveis nas unidades públicas. Além disso, ela se caracteriza como uma pesquisa descritiva, pois descreve fatos de realidade em uma unidade pública. A abordagem para esse estudo é a qualitativa, pois permite interpretar fenômenos realísticos e vivenciais. Assim, o método utilizado foi inspirado no Design Science Research (PEFFERS et al., 2007), que é um paradigma de resolução de problemas baseado em diretrizes para criar e avaliar artefatos desenvolvidos para lidar com problemas reais em organizações.

A administração pública desempenha um papel crucial ao enfrentar desafios ambientais e adotar estratégias inovadoras que integram elementos sociais e ambientais aos objetivos econômicos. Logo, neste artigo foi especificado um modelo de processo de negócio de compras sustentável. Essa iniciativa considerou relatos de dois servidores e, após avaliação por outros quatro servidores, o modelo proposto foi aprovado por unanimidade. Ele tem potencial para tornar as unidades públicas mais responsáveis ambientalmente, socialmente justas e economicamente viáveis.

Este artigo apresentou um modelo genérico de processos para compras sustentáveis. É importante destacar que mudanças nos processos de compras são necessárias para alcançar a sustentabilidade desejada. Logo, este trabalho representa apenas um passo na direção de tornar os processos de contratações públicas mais responsáveis ambientalmente, socialmente justos e economicamente viáveis. É do interesse público que as organizações estabeleçam a obrigatoriedade de implementar processos sustentáveis, sendo este apresentado uma opção promissora para viabilizar a sustentabilidade nas unidades públicas.

BIDERMAN, R., et al. (2008). Guia de compras públicas sustentáveis: Uso do poder de compra do governo para a promoção do desenvolvimento sustentável, Relat. Téc., Centro de Estudos em Sustentabilidade. WECKER, A., & FROEHLICH, C. (2020). Modelos de Negócios Sustentáveis: uma Revisão da Literatura. In XX Mostra de Iniciação Científica, Pós-graduação, Pesquisa e Extensão. NOWAK, M.A. et al. (2011). Nowak et al. reply. Nature, 471(7339), E9-E10. PEFFERS, K. et al. (2007). A Design Science Research Methodology for Information Systems Research. Journal of Management Information Systems, 24(3), 45-7