Resumo

Título do Artigo

A INFLUÊNCIA DOS ESTÁGIOS DO CICLO DE VIDA NA RELAÇÃO ENTRE GOVERNANÇA CORPORATIVA E GERENCIAMENTOS DE RESULTADOS
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Palavras Chave

Gerenciamento de Resultados
Governança Corporativa
Ciclo de Vida Organizacional

Área

Finanças

Tema

Contabilidade para usuários externos

Autores

Nome
1 - Diego Dantas Siqueira
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA (UFPB) - CCSA
2 - Gabriel santos de jesus
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA (UFPB) - Campus 1
3 - Lauro Vinício de Almeida Lima
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA (UFPB) - Centro de Ciências Sociais Aplicadas (CCSA)

Reumo

O Gerenciamento de Resultados (GR) resulta da má representação proposital do desempenho da empresa, dentro das alternativas permitidas pela legislação contábil com a finalidade de obter vantagem ou algum ganho particular. Buscando reduzir comportamentos oportunistas as organizações adotam diversos mecanismos de controle. Dentre eles está a governança corporativa (GC) (Morás & Klann, 2020). Todavia, não apenas a GC é capaz de afetar o GR, mas também o estágio de ciclo de vida (ECV) das empresas. Uma vez que que os diferentes ECV apresentam características distintas (Dickinson, 2011).
Dessa forma, apresenta-se o questionamento que orienta a pesquisa: qual a influência dos estágios do ciclo de vida na relação entre governança corporativa e gerenciamento de resultados? Para responder ao problema levantado, o estudo tem como objetivo analisar a influência dos estágios do ciclo de vida na relação entre governança corporativa e gerenciamento de resultados.
A literatura fornece evidências de que os diferentes ECV exercem influência sobre o GR (Costa Filho et al., 2018; Roma et al., 2021), assim como nos mecanismos de GC (Filatotchev et al., 2006; O'Connor e Byrne, 2015). Desse modo, acredita-se que exista uma interação entre a GC e o ECV na perspectiva do GR. Assim, com base na revisão realizada, conjectura-se que cada ECV afeta a relação entre a GC e o GR de forma distinta.
Para responder ao objetivo proposto, dados de 271 empresas da América Latina foram analisados durante o período de 2011 a 2021, por meio de regressão linear múltipla. Foi utilizado o modelo de Dickinson (2011) para classificar os ECV, por sua vez os dados de GC foram mensurados a partir do pilar de governança disponibilizado pela base de dados da Refinitiv Eikon, já para o GR foi utilizado o Modelo de Pae (2005).
Os resultados não permitem afirmar que a eficácia da governança em reduzir o GR seja potencializada ou reduzida nos estágios de nascimento, crescimento e declínio. No estágio de maturidade, foi encontrado um efeito moderador positivo, indicando que nesta fase os mecanismos de GC não atingem seus objetivos de alinhar interesses e reduzir comportamentos oportunistas dos gestores. Em contraste, foi encontrado um efeito moderador negativo no estágio de turbulência. Sugerindo que neste estágio as práticas de GC tendem a ser mais eficientes na redução do GR.
Conclui-se que o ECV exerce um efeito moderador na relação entre GC e GR. Indicando que os ECV podem impactar a eficácia da GC em reduzir comportamentos que divergem dos interesses dos detentores do capital. Portanto, a hipótese levantada pôde ser parcialmente aceita.
Dickinson, V. (2011). Cash flow patterns as a proxy for firm life cycle. The Accounting Review, 86(6), 1969-1994. https://doi.org/10.2308/accr-10130. Pae, J. (2005) Expected accrual models: The impact of operating cash flows and reversals of accruals. Review of Quantitative Finance and Accounting, 24, 5–22. https://doi.org/10.1007/s11156-005-5324-7. Soschinski, C. K., Haussmann, D. C. S., Peyerl, D. A., & Klann, R. C. (2021). Influência da cultura nacional na relação entre governança corporativa e gerenciamento de resultados. Revista Contabilidade & Finanças, 32, 207-223.