Resumo

A percepção de que a atividade policial é multifacetada e de que depende de múltiplas percepções para uma tomada de decisão fundada em dados não é nova. Nada obstante, o “como” fazer o policiamento adequado para se atingir objetivos tangíveis na sociedade ainda é uma discussão corrente em inúmeros modelos de organizações policiais, e tal debate sobre qual arquétipo a ser adotado é crescente na literatura e influenciado por diversas matizes científicas.

Este artigo tem por objetivo discutir questões e evidências científicas a respeito do modelo de intelligence-led policing nas instituições policiais e sua aplicabilidade na realidade organizacional da Polícia Militar de Santa Catarina (PMSC). Trata-se de um estudo teórico-analítico, com abordagem qualitativa, por meio de revisão sistemática e narrativa (Sistematic Search Flow) da produção acadêmica nacional e internacional.

A percepção de que a atividade policial é multifacetada e de que depende de múltiplas percepções para uma tomada de decisão fundada em dados não é nova. A alta conectividade, em velocidade com a abrangência irrestrita, coloca em contato sistemas complexos e adaptativos, os quais não conseguem ser interpretados à luz de conceitos rígidos do que venha a ser segurança pública.

Constatou-se que a pesquisa a respeito do tema ainda é incipiente no cenário brasileiro, embora venha ganhado espaço em diversos outros países, com razoável número de estudos. Alguns estudos citados ao longo do trabalho demonstram que as tecnologias sugeridas apresentam elevado grau de melhoria no ambiente em que foram aplicadas e buscam comprovar que o policiamento liderado pela inteligência pode ser um modelo adequado de trabalho no estágio em que se encontra a instituição.

Este artigo teve por objetivo apresentar pesquisas correlatas à adoção do policiamento liderado pela inteligência nas organizações policiais e averiguar os pontos de contato com a atual governança da Polícia Militar de Santa Catarina. Atualmente, várias ferramentas tecnológicas usadas institucionalmente podem ser considerados os precursores das primeiras análises e orientação aos resultados desejados, podendo o modelo evoluir para as vertentes de policiamento preditivo e policiamento orientado por dados.

BURCHER, M.; WHELAN, C. CARTER, J. G.; FOX, B. ĐURĐEVIĆ, Z.; VUKOVIĆ, S. EGBERT, S. HÄLTERLEIN, J. JEROME, B. MUGARI, I.; OBIOHA, E. E. SARRE, R.; PRENZLER, T. UZLOV, D.; VLASOV, O.; STRUKOV, V. Entre outros.