Resumo

Título do Artigo

A INTEGRAÇÃO GLOBAL DA AGRICULTURA BRASILEIRA: Estrutura e vantagens comparativas nas exportações de melão do Rio Grande do Norte
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Palavras Chave

Agricultura
Exportações
Vantagens Comparativas

Área

Agribusiness

Tema

Estratégia e Competitividade nas cadeias agrícolas

Autores

Nome
1 - Emanoel Márcio Nunes
UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE (UERN) - Faculdade de Ciências Econômicas (FACEM)
2 - Samara de Melo Ramalho
UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE (UERN) - Central

Reumo

A abertura comercial da década de 1990, do século XX, viabilizou a intensificação do comércio de exportações favorecendo o surgimento da modernização do modo de produção no campo, (VIANA, 2006). O Brasil é o terceiro maior produtor mundial de frutas, entre as regiões do país, o Nordeste vem apresentando bons resultados no segmento do agronegócio. No âmbito da participação dos estados, o Rio Grande do Norte é o maior produtor, com 63% de todo o melão produzido na região. Uma das grandes dificuldades da competitividade brasileira é regulamentação para se adequar as exigências dos países.
Devem ser considerados alguns dos principais problemas enfrentados pela cadeia produtiva do setor. Entre os pequenos e médios produtores é constatado certo grau de desorganização na produção, que normalmente têm que atender a uma série de exigências, de padronização de técnicas de produção exigidas pelos consumidores internacionais. busca-se analisar a estrutura responsável pelas exportações de melão do Rio Grande do Norte, no período de 1997 a 2019, e identificar o índice de vantagens comparativas, dando destaque para a área onde estão instaladas as empresas produtores e exportadoras.
A teoria das vantagens comparativas descrita acima pressupõe que um país deve se especializar em um produto/serviço específico, obtendo maior vantagem produtiva em larga escala (CAVES, FRANKEL, JONE, 2001). Na economia existem vários fatores que influenciam na produção e comercialização de produtos e serviços que podem reduzir a competitividade de um país frente aos outros países produtores (MAPA, 2007). Nunes e Schneider (2013) nos traz a partir daí indicativos da necessidade de políticas para a manutenção de assimetrias que visam o crescimento rural.
O Nordeste mostrou ter uma participação significativa para as exportações brasileiras, onde possui condições climáticas, de solo, área a ser cultivadas e hídricas propícias à elevação da produção e exportação. Porém um dos fatores que impedem o aumento da competitividade dessa região é a falta de investimento por parte das grandes empresas, como também falta de políticas públicas que incentivem a produção. Outro fator são as barreiras impostas pelos países importadores, além da redução da área plantada o que acarretou a falência da principal empresa produtora do estado.
Conclui-se que o Nordeste mostrou ter uma participação significativa para as exportações brasileiras, a região mostrou ter condições suficientes de ampliar sua participação frente ao mercado internacional, embora esse resultado pudesse estar melhor se tivesse um maior incentivo de políticas públicas, aumento dos padrões de qualidade. Assim, o Rio Grande do Norte apresentou vantagem comparativa na exportação de melão durante o período estudado, de fato o produto tem valor significativo na pauta de exportação estadual, mostrando ter vantagem comparativa revelada no Brasil.
BADO, A. L. Das vantagens comparativas à construção das vantagens competitivas: uma resenha das teorias que explicam o comércio internacional. Revista De Economia E Relações Internacionais, v.3, n.5, 2004. Juan Hallak and James Levis Fooling Ourselves: The Globalization and Growth Debate. NBER Working Paper No 10244 2004. NUNES, E. M.; SCHNEIDER, S. Reestruturação Agrícola, Instituições e Desenvolvimento Rural no Nordeste: a diversificação da agricultura familiar do Pólo Açu-Mossoró (RN). Revista Econômica do Nordeste, Fortaleza, v. 44, p. 601-626, 2013.