Resumo

Título do Artigo

NÍVEL DE COLABORAÇÃO E TRANSFERÊNCIA DE CONHECIMENTO ENTRE OS ATORES DO ECOSSISTEMA DE INOVAÇÃO, UM ESTUDO DE CASO NOS INSTITUTOS FEDERAIS DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA.
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Palavras Chave

Gestão do Conhecimento
Ecossistema de Inovação
Transferência de Conhecimento

Área

Gestão da Inovação

Tema

Redes, Ecossistemas e Ambientes de Inovação

Autores

Nome
1 - Sandro de Freitas Nascimento
Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) - São Paulo
2 - Manolita Correia Lima
Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) - PMDGI - São Paulo
3 - igor jordano cassemiro gondim
Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) - são paulo

Reumo

O conhecimento é um fator determinante do processo de desenvolvimento humano, social e econômico (NONAKA; TAKEUCHI, 1995). Na administração, a criação, gestão e transferência de conhecimento correspondem a fontes de vantagem competitiva não apenas para as instituições, mas também para as nações. O potencial de inovação pode emergir internamente nas empresas ou por meio da interação entre os outros agentes envolvidos no ecossistema de inovação, como por exemplo, as universidades e os institutos de pesquisa (ETZKOWITZ; LEYDESDORFF, 2000).
Com a pesquisa realizada, pretende-se averiguar a participação dos atores e dos fatores envolvidos no processo de transferência de conhecimento proveniente das interações nos ecossistemas de inovação estudados. Frente ao exposto, o objetivo da pesquisa reside em investigar como a colaboração entre os agentes do ecossistema de inovação se relacionam com a transferência de conhecimento.
A transferência de conhecimento para a empresa pode ocorrer através de fluxos intencionais e não intencionais que geram desdobramentos da pesquisa básica ou por meio de interações mediadas pelo mercado, tais como contratos firmados e pesquisas colaborativas (D’ESTE; IAMMARINO, 2013; MAIETTA, 2015). Etzkowitz (2008) assegura que o fluxo de pessoas também pode favorecer a circulação de ideias entre uma esfera para outra, ocasionando projetos colaborativos e promovendo a compreensão entre instituições.
Adota-se uma abordagem metodológica de natureza qualitativa e explora-se os recursos que caracterizam o método estudo de caso múltiplo, mais especificadamente. Para os qualitativistas, a referida abordagem é subjetiva e múltipla, assim sendo, cabe ao pesquisador ouvir os sujeitos envolvidos no processo investigativo (CHUEKE; LIMA, 2012), diversificando as fontes de consulta com a intenção de fundamentar um exercício interpretativo robusto. A técnica de coleta de dados foi a entrevista semiestruturada e a análise foi realizada por meio de análise de conteúdo categorial.
Considerando a categoria de análise Colaboração do Ecossistema de Inovação, é possível afirmar que estão presentes nos dados extraídos das entrevistas as subcategorias relacionadas à hélice tripla, quádrupla e quíntupla. Nos extratos das narrativas que seguem há presença de características da universidade empreendedora que, na visão de Etzkowitz (2003) corresponde a um ambiente propício à inovação na medida em que cria condições que favorecem a transferência de conhecimento para o setor produtivo.
Embora não faltem exemplos de cooperação entre empresas, as relações observadas são de natureza complementar entre organizações com expertises diferentes, ou seja, uma empresa se associava a outra para entrega de um produto ou serviço final. Evidência disso, foi que em nenhum dos casos investigados foram encontradas empresas concorrentes trabalhando no mesmo projeto. Parte desta constatação é explicada por Gast et al. (2019) quando afirmam que relações coopetitivas podem impor dificuldades significativas no compartilhamento de conhecimento para evitar a disseminação de conhecimento.
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