Resumo

Título do Artigo

OS EFEITOS DO CONSUMO DE CONTEÚDO DE INFLUENCIADORES DIGITAIS NO BEM-ESTAR DO USUÁRIO NO INSTAGRAM
Abrir Arquivo
Ver apresentação do trabalho
Assistir a sessão completa

Palavras Chave

Influência Digital
Consumo de Conteúdo
Bem-Estar

Área

Marketing

Tema

Redes Sociais Mediadas, Ambientes e Dispositivos Digitais

Autores

Nome
1 - Rebeca Lira Cavalcanti Gomes
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA (UFPB) - PPGA
2 - Odaelson Antonio Clementino da Silva
Faculdade Mauricio de Nassau - João Pessoa

Reumo

Na dinamicidade de compartilhamento das redes sociais, os participantes da rede podem gerar e/ou consumir conteúdos de outros. Os influenciadores digitais, dentro do Instagram, compartilham suas vivências e consumos conversando com seus seguidores, o que lhes pode proporcionar o sentimento de ser parte da vida destas microcelebridades. Como Chatzoupoulou et al. (2020) consideraram em sua pesquisa sobre o bem-estar no Instagram, há uma necessidade de estudos voltados às plataformas específicas, como o Instagram, e a necessidade compreensão de nichos particulares ou categorias de usuários.
Percebida a necessidade de melhor compreender redes sociais específicas e suas interferências no cotidiano dos seus usuários surgiu a questão norteadora do presente estudo: de que forma os influenciadores digitais podem interferir no bem-estar de seus seguidores? O objetivo dessa pesquisa foi, portanto, compreender como os influenciadores digitais podem interferir no bem-estar de seus seguidores, considerando a relevância e escassez de estudos voltados a plataformas específicas e nichos que as compõem, por isso, restringiu-se aos perfis de influência digital dentro do Instagram.
Ao se falar de influência digital são inegáveis as contribuições que os influenciadores digitais podem desempenhar, seja inspirando pessoas, transmitindo opiniões e influenciando comportamentos, como no caso da busca por um estilo de vida saudável (Sokolova & Perez, 2021). É importante, porém, reconhecer que, muitas vezes, os conteúdos compartilhados e as próprias figuras públicas, assim como em qualquer outro tipo de mídia e relações sociais podem contribuir na comparação social (Festinger, 1954), assim como na compreensão do bem-estar social.
Com o intuito de atender o objetivo proposto para o presente estudo, foi realizada uma pesquisa qualitativa e foram realizadas entrevistas semiestruturadas, que tiveram como objeto de estudo jovens das gerações Millennials e Z, além disso, a seleção dos participantes foi feita através de acessibilidade. Ademais, e as entrevistas foram feitas por chamadas de vídeo ou áudios via WhatsApp. Quanto ao roteiro das entrevistas, o mesmo compreendeu ao total de oito questionamentos direcionadores. será realizada uma Análise de Conteúdo baseada nas três fases propostas por Bardin (2011).
Foi possível perceber que, o consumo de conteúdos dos influenciadores digitais influenciam diversas das suas decisões de consumo e de vida. Ademais, é importante pontuar como os sujeitos tendem a filtrar os conteúdos consumidos em seus feeds de maneira a acessar apenas o que lhes é relevante. Além disso, percebe-se que, o Instagram em termos de comparação social pode servir de maneira de duas formas, positiva e negativa. Se fez visível a consciência de muitos dos participantes em manter-se seguindo ou selecionar bem quem seguir para evitar comparações que lhes afetem de forma negativa.
Em geral, constatou-se que o consumo de conteúdos oferecidos por influenciadores digitais influenciam tanto de maneira positiva quanto negativa na percepção de bem-estar dos seus seguidores, cabendo ressaltar também a idéia de que para os pesquisados há consciência da distinção entre a vida real e o editado, conforme os recortes das vidas “perfeitas” dos influenciadores. Como contribuição positiva da rede social na percepção dos seus usuários, além da busca por entretenimento, para os participantes, na rede social também é possível obter aprendizados importantes através desses influenciadores.
Chatzopoulou, E., Filieri, R., & Dogruyol, S. A. (2020). Instagram and body image: Motivation to conform to the “Instabod” and consequences on young male wellbeing. Journal of Consumer Affairs, 54(4) Festinger, L. (1954). A Theory of Social Comparison Processes. Human Relations, 7(2), 117– 140. Sokolova, K., & Perez, C. (2021). You follow fitness influencers on YouTube. But do you actually exercise? How parasocial relationships, and watching fitness influencers, relate to intentions to exercise. Journal of Retailing and Consumer Services, 58, 102276.