Resumo

A avaliação da eficiência em âmbito público é fundamental e deve ser adotada pelos gestores públicos, tendo em vista que o reflexo dos investimentos realizados nos diversos setores deve ser transformado em serviços de qualidade e no crescimento dos indicadores sociais da população. Quando se fala em educação, é por meio dos recursos aplicados nas UFs, que estas visam proporcionar um ensino de qualidade, realizar pesquisas, além de buscarem se inserir no meio social por meio de atividades de extensão, com o objetivo de contribuir para o desenvolvimento social.

Diante da importância e representatividade das UFs no cenário nacional, este trabalho propõe um estudo acerca da apuração da fronteira de eficiência das mesmas para a execução das atividades de ensino, pesquisa e extensão. Percebe-se que os gestores precisam trabalhar de modo eficiente, fazendo com que a redução de recursos aplicados às UFs não cause desmotivação e nem traga implicações nos resultados das instituições. Assim, tem-se como objetivo avaliar o nível de eficiência relativa de Universidades Federais brasileiras em atividades de ensino, pesquisa e extensão no período de 2013 a 2017.

Fuentes et al. (2016) mencionam que a eficiência do ensino superior é crucial para o desenvolvimento e crescimento dos países. Tavares et al. (2011) ressaltam que, no Brasil, a avaliação da educação superior vem tomando força e ganhando foco nos planos governamentais frente à integração do País ao cenário mundial. Castano & Cabanda (2007), afirmam que por meio de sua função de serviços de ensino, pesquisa e extensão, as IFES são as principais impulsionadoras do crescimento socioeconômico e do desenvolvimento sustentável da nação. Assim, esses três eixos configuram os pilares ou os

A pesquisa é caracterizada como descritiva e de abordagem quantitativa, sendo composta por 36 universidades federais brasileiras, adotando-se uma análise longitudinal entre os anos de 2013 e 2017 aplicando a Análise por Envoltória de Dados.

As UFs apresentam melhores níveis de eficiência nas atividades de pesquisa, seguido de atividades de ensino e, por fim, atividades de extensão. Apesar do número de UFs com eficiência máxima, em todos os anos, serem nove para as atividades de ensino e pesquisa, a média das que não atingiram eficiência máxima é maior para a pesquisa. Vale destacar, que os melhores níveis de eficiência nas atividades de pesquisa foram em 2017 e para o ensino 2016. Já para as atividades de extensão foi em 2014, enquanto esse ano foi o pior para as atividades de ensino e pesquisa.

Observou-se que, conforme os parâmetros do estudo, dez UFs obtiveram eficiência máxima e em todos os anos compreendidos na análise, são elas: UFCSPA, UFLA, UFMG, UFSC, UFSJ, UFV, UFABC, UFRJ, FURG e UFRGS. Vale ressaltar que, a UFCSPA foi a universidade teve a menor despesa orçamentária e a UFRJ o maior, mostrando assim, que o volume gasto não está relacionado a eficiência, e sim aos produtos gerados por essas. Além disso, nota-se que somente a UNIFAL, UFMG, UFSJ e UFRGS aumentaram sua produtividade, ou ao menos, se mantiveram constantes. Apontando assim, uma boa gestão dos anos analisados.

Charnes, A., Cooper, W. W. & Rhodes, E. (1978). Measuring the efficiency of decision-making units. European Journal of Operational Research, Amsterdam, 2(6), 429-444. Casa Nova, S. P. C. (2002). Utilização da Análise por Envoltória de Dados (DEA) na análise de demonstrações contábeis. Tese de Doutorado em Contabilidade e Controladoria – Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade, Universidade de São Paulo, São Paulo. Castano, M. C. N. & Cabanda, E. C. (2007). Performance evaluation of the efficiency of Philippine Private Higher Educational Institutions: application of frontier app