Resumo

Título do Artigo

55 ANOS DE PARECER SUCUPIRA: UM BREVE HISTÓRICO DAS CONQUISTAS DA PÓS-GRADUAÇÃO BRASILEIRA
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Palavras Chave

Parecer Sucupira
Pós-Graduação Brasileira
Universidade

Área

Ensino e Pesquisa em Administração

Tema

Planejamento de Ensino (cursos, programas, disciplinas, aulas e avaliação)

Autores

Nome
1 - Denise Aparecida Hipólito Borges
UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS (UFLA) - Departamento de Administração e Economia/Programa de Pós-Graduação em Administração
2 - Mônica Carvalho Alves Cappelle
UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS (UFLA) - DAE/PPGA
3 - Eliza Pinto Narciso Saltarelli
UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS (UFLA) - PPGA

Reumo

Decorridos mais de cinquenta anos do Parecer nº977/1965 considerado o documento mais relevante da pós-graduação brasileira senão, a sua “grande referência sistemática” (CURY, 2005, p.10) é importante relembrar como a PG se constituiu e quantos desafios foram necessários superar para que ela se consolidasse no país. Considerando que em 2020 se comemora 55 anos em que o Parecer Sucupira fora emitido e que a atual gestão presidencial tem colocado em xeque a credibilidade das instituições de ensino e pesquisa, se faz relevante refletir retrospectivamente, as principais conquistas da PG brasileira.
Enquanto muitos países seguem investindo em ciência o Brasil persiste questionando as suas instituições. Mas o questionamento deveria ser outro: nossos atuais representantes conhecem a história da pós-graduação brasileira e sabem o que ela representa para o desenvolvimento do país? Nesse sentido, utilizando a pesquisa bibliográfica objetiva-se neste ensaio teórico apresentar um breve histórico sobre o contexto sócio-político em que a pós-graduação brasileira foi construída demonstrando suas conquistas e possibilitando reflexões acerca da sua relevância para o país.
A pós-graduação no Brasil não nasceu apenas das incertezas que se tinham sobre a natureza dos cursos pós-graduados na década de 60. Para que a criação da PG fosse considerada, vários eventos ocorreram muito tempo antes desse período e, para que houvesse a sua efetivação, muitos atos se fizeram necessários em momentos posteriores. Entre eles, o Parecer nº977/65 conhecido como Parecer Sucupira, um dos documentos mais relevantes da história da pós-graduação brasileira segundo Bomeny (2001), Cury (2005) e Corrêa (2018) e que fora concebido sob o contexto ditatorial.
Em uma rápida retrospectiva percebemos que a pós-graduação no Brasil foi construída a partir de um processo gradativo, mas isso só foi possível devido a política de acompanhamento dos planos nacionais de pós-graduação e, no último relatório do PNPG 2011-2020 foi destacado que, embora PG tenha obtido excelentes resultados ao longo de toda a sua existência, há necessidade de aprimorá-la principalmente quanto ao atual sistema de avaliação de maneira que este permita “promover e valorizar a relevância e o impacto social e econômico do conhecimento gerado no SNPG [...]” (CAPES, 2018a, p. 9).
Com destaque aos principais momentos que permitiram a regulamentação, desenvolvimento e expansão da pós-graduação no Brasil podemos destacar três aspectos essências: I) o amadurecimento progressivo da PG e suas contribuições para a transformação da sociedade pela via do conhecimento; II) a necessidade de seu aprimoramento, especialmente no que se refere à sua articulação com as demandas atuais da sociedade e; III) o reconhecimento da sua relevância para o país e a total falta de sentido dos ataques recentes, por parte de autoridades governamentais, às universidades e à sua produção científica.
BOMENY, H. Newton Sucupira e os rumos da educação superior. 2001. CAPES. Portal do Governo Brasileiro Brasília. Disponível em: Acesso em: 27 abr. 2020. CORRÊA, M. R. D. A pós-graduação em educação física: o cenário das subáreas sociocultural e pedagógica. 2018. 114 p. Tese (Doutorado) – Universidade Federal de Pelotas, Pelotas, 2018. CURY, C. R. J. Quadragésimo ano do parecer CFE nº 977/65. Revista Brasileira de Educação, n. 30, p. 07-20, 2005. MCTIC. Estratégia Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação 2016/2022. Brasília, 1. ed. 134 p. 2016.