Resumo

Título do Artigo

Revelando “Um Pouco Mais” o Construto de Ecossistema de Inovação: Complementando os Achados de Gomes et al., 2018
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Palavras Chave

Ecossistema de Inovação
Revisão Sistemática
Criação de Valor

Área

Gestão da Inovação

Tema

Redes de Cooperação, Ecossistemas e Ambientes de Inovação

Autores

Nome
1 - Mateus Augusto Fassina Santini
UNIVERSIDADE DO VALE DO RIO DOS SINOS (UNISINOS) - Porto Alegre
2 - Bibiana Volkmer Martins
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL (UFRGS) - PPG Administração
3 - Kadigia Faccin
UNIVERSIDADE DO VALE DO RIO DOS SINOS (UNISINOS) - Programa de Pós-Graduação em Administração
4 - Samuel Ferreira de Mello
UNIVERSIDADE DO VALE DO RIO DOS SINOS (UNISINOS) - porto alegre
5 - Alsones Balestrin
UNIVERSIDADE DO VALE DO RIO DOS SINOS (UNISINOS) - sao leopoldo

Reumo

O conceito de ecossistemas de inovação ganhou notoriedade no campo da gestão após a pesquisa de Adner (2006), passando a ser utilizado para estudar fenômenos colaborativos entre diversos atores para criação de valor (Adner & Kapoor, 2016). Contudo, apesar da popularidade e potencial, também passou a receber críticas. Gomes et al.(2018) em revisão de literatura, que mesclou bibliometria e análise de conteúdo, de 125 artigos (de 1993 a 2016), fornecem uma compreensão de como o campo evoluiu. Assim, este estudo se ancora na pesquisa de Gomes et al.(2018) para avançar na consolidação do conceito.
O termo EI tem recebido algumas críticas acerca do seu caráter inovativo, pela falta de consenso e consistência teórica (Oh et al., 2016). Apesar da revisão de Gomes et al. (2018) avançar em diversos aspectos, como a identificação de um ponto de mudança entre os conceitos de EI e ecossistema de negócios, eles findam a análise no ano de 2016, deixando de fora 123 artigos que foram publicados de 2017 a 2019. Assim, o objetivo deste estudo é, utilizando a mesma metodologia de Gomes et al. (2018), apresentar as características, tendências e fluxos de pesquisa atuais, com base nesses 123 estudos.
Desde Moore (1993) até a inserção do termo ecossistemas de inovação (Adner, 2006), o campo vem evoluindo e agregando trabalhos para ratificar a importância acadêmica, econômica e social. Ao longo desta evolução, destacamos o relacionamento de interdependência entre atores e a criação de valor conjunto. Neste estudo, partimos de uma mescla do framework de Gomes et al (2018), que traz elementos como a co-criação de valor, e atores em rede interconectados e interdependentes; e inserimos elementos ambientais (Volkmer Martins et al., 2019) e artefatos (Granstrand & Holgersson, 2020).
Gomes et al. (2018) concluíram seu estudo sugerindo seis fluxos de pesquisa no ecossistema de inovação: (1) plataforma da indústria × ecossistema de inovação; (2) estratégia de ecossistema de inovação, gestão estratégica, criação de valor e modelo de negócios; (3) gestão de inovação; (4) gerenciando parceiros; (5) o ciclo de vida do ecossistema de inovação; e (6) ecossistema de inovação e novas criação de empreendimentos. A partir desses fluxos, percebemos que algumas linhas avançaram bastante (1, 2, 6), enquanto outras tiveram pouco e praticamente nenhum avanço (3, 4 e 5).
O foco dos últimos anos têm sido em entender empiricamente o fenômeno, apontando quem são os principais atores (universidades, governos e empresas), as principais atividades (inovação, empreendedorismo e colaboração) e os fluxos de interdependência entre atores (conhecimento, tecnologia, capital). Isso só foi possível dada a quantidade expressiva de artigos empíricos, fundamentalmente de estudos de casos, encontrados recentemente. Neste sentido, o ponto de mudança apontado por Gomes et al.(2108) parece estar consolidado e, o empreendedorismo acabou se tornando uma atividade imprescindível.
Adner, R. (2006). Match Your Innovation Strategy to Your Innovation Ecosystem. Harv. Bus. Rev., 84(4), pp.98–107. Gomes, L. A. V.; Facin, A.L. F.; Salerno, M.S. & Ikenami, R. K. (2018) Unpacking the innovation ecosystem construct: evolution, gaps and trends. Technol. Forecast. Soc. Chang. 136, 30–48. Moore, J.F., (1993). Predators and prey: the new ecology of competition. Harv. Bus. Rev. 71 (3), 75–86. M Oh, D.S., Phillips, F., Park, S. & Lee, E., 2016. Innovation ecosystems: a critical examination. Technovation 54, 1–6.