Resumo

Título do Artigo

EVIDENCIAÇÃO DOS RISCOS AMBIENTAIS PELAS COMPANHIAS BRASILEIRAS DO SETOR DE ENERGIA ELÉTRICA LISTADAS NA B3
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Palavras Chave

Riscos Ambientais
Relatório de Administração
Energia Elétrica

Área

Finanças

Tema

Contabilidade

Autores

Nome
1 - Luana de Oliveira Ferreira
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA (UFPB) - Campus I - João Pessoa
2 - Risolene Alves de Macena Araújo
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA (UFPB) - Campus I
3 - Thales Spinelli Maximo Lins
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA (UFPB) - Campus I
4 - Aldo Leonardo Cunha Callado
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA (UFPB) - Departamento de Finanças e Contabilidade

Reumo

As discussões sobre a responsabilidade ambiental das organizações produtivas vêm se tornando mais intensas e recorrentes, uma vez que os problemas ambientais têm se agravado, aumentando, a preocupação da sociedade nos aspectos associados à degradação do meio ambiente (MARTINS et al., 2017). No segmento de energia elétrica, a ANEEL, com parcerias governamentais e não governamentais, passou a desenvolver conscientização junto às empresas acerca dos impactos ambientais oriundos das suas atividades, bem como estimular essas a fazerem investimentos em ações que priorizam questões ambientais.
Nesse contexto, o presente trabalho buscou responder o seguinte problema de pesquisa: Quais os riscos ambientais mais evidenciados pelas companhias brasileiras de energia elétrica, listadas na B3? Para tanto, estabeleceu-se como objetivo identificar os riscos ambientais mais evidenciados pelas companhias brasileiras de energia elétrica, listadas na B3, nos anos de 2012 a 2017. O trabalho justifica-se pela preocupação com a preservação ambiental, bem como pelo interesse sob as práticas socioambientais das organizações, as quais poderão agregar mais valor às empresas.
Moreira et al. (2014) destacam que é crescente o número de empresas que buscam adaptar-se ao mercado de forma sustentável, divulgando, em relatórios contábeis, seus investimentos em projetos de redução de impactos ambientais causados por suas atividades; assim como apresentando de forma mais transparente a atuação da companhia frente aos assuntos ambientais, gerando com isso, informações para a sociedade. Todavia, por falta de normatização, a divulgação pode ser realizada de forma deficitária, fazendo com que as empresas apresentem apenas informações que as beneficiem (COELHO et al., 2013).
A pesquisa caracteriza-se como descritiva. Quanto à abordagem do problema, é qualitativa, uma vez que foram investigados e analisados os riscos ambientais evidenciados; mas também é considerada quantitativa, no que tange quantificação dos dados ou opiniões nas formas de coleta de informações. A população da pesquisa são as companhias de capital aberto do segmento de energia elétrica com ações negociadas na B3, que publicaram os Relatórios de Administração, no período de 2012 a 2017, um total de 57 empresas.
Os riscos mais evidenciados foram aqueles classificados na categoria de Riscos Tecnológicos, os quais têm origem diretamente ligada às ações humanas, representando aproximadamente 58,33%. Em seguida, evidenciou-se os Riscos “Não Especificados” que por falta de descrições não foi possível classificá-los, representando cerca de 22,22%. Os menos evidenciados foram os Riscos Naturais, originados das ações da natureza, mas podendo ser induzidos por atividades humanas, agindo como aceleradoras do processo natural; estes obtiveram uma representação de 19,44% dos riscos evidenciados.
Embora tenha ocorrido uma melhoria na evidenciação de riscos ambientais por parte das empresas, a maioria delas não têm uma preocupação em divulgarem tais informações. Acredita-se que poderia haver uma melhora nesse cenário se o governo adotasse medidas junto às empresas, incentivando-as a fazerem investimentos em ações ambientais, promovendo programas para reduzir os impactos ocasionados por suas atividades ao meio ambiente.
COELHO, F. Q. et al.Uma análise dos fatores diferenciadores na divulgação de informações voluntárias sobre o meio ambiente. Revista Contabilidade Vista & Revista, v.24, n.1, 2013. MARTINS, M. et al.Crimes ambientais e sustentabilidade: discussão sobre a responsabilidade penal dos gestores e administradores de empresas. Revista Metropolitana de Sustentabilidade, v.7, n. 3, p.143-158, 2017. MOREIRA, N. B. et al. Fatores que Impactam a Divulgação Voluntária de Informações Socioambientais na Percepção dos Gestores.Revista de Administração, Contabilidade e Sustentabilidade, v.4, n.1, p.62-82, 2014.