Resumo

Título do Artigo

COMPETÊNCIAS GERENCIAIS DOS COORDENADORES DE CURSOS DE GRADUAÇÃO DE UMA INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR
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Palavras Chave

Competências gerenciais
Coordenadores de cursos
Instituição de Ensino Superior

Área

Gestão de Pessoas

Tema

Carreiras e Competências

Autores

Nome
1 - Francivaldo dos Santos Nascimento
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA (UFPB) - CCHSA
2 - CLÉSSIA FERNANDES DE BRITO SANTIAGO
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA (UFPB) - Campus III

Reumo

O professor ao assumir um cargo de gestão em uma instituição de ensino superior necessita desenvolver conhecimentos, habilidades e atitudes não abrangidas pela sua função principal, o ensino. De forma particular, um coordenador de curso ao tornar-se gestor segue uma trajetória profissional que requer competências gerenciais específicas, pois além de ser docente que tem funções peculiares, passa a ter uma série de atribuições na sua relação com os stakeholders: alunos, docentes, administração superior, técnicos, pais e familiares, órgãos reguladores e controladores, e a sociedade.
Por isso entender a atuação dos coordenadores de cursos no desenvolvimento de competências gerenciais é relevante, haja vista que impacta nos resultados a serem alcançados à frente de um cargo de gestor público. Dessa forma, questiona-se quais as principais competências gerenciais apresentadas pelos coordenadores de cursos de graduação presencial da Universidade Federal da Paraíba na percepção desses professores-gestores? Este artigo tem como objetivo identificar as principais competências gerenciais dos coordenadores de cursos graduação presenciais da Universidade Federal da Paraíba.
Le Boterf (2003) afirma que as competências gerenciais são compreendidas como uma mobilização de saberes (saber, saber agir e saber ser) identificadas em um determinado contexto da ação gerencial. Esta pesquisa adota o modelo conceitual proposto por Quinn et al. (2003), pautado em quatro modelos gerenciais: modelo das relações humanas, modelo dos sistemas abertos, modelo de processos internos e modelo das metas racionais que são compreendidos por oito papéis de liderança gerencial (mentor, facilitador, monitor, coordenador, diretor, produtor, negociador e inovador).
O presente artigo adotou uma perspectiva metodológica de base quantitativa. O tipo de pesquisa quanto ao objetivo foi classificado como descritiva. Conforme o modelo conceitual operativo, o tipo de pesquisa delineou-se como estudo de caso. Foi utilizado como instrumento de coleta de dados um questionário, elaborado a partir do modelo de competências gerenciais de Quinn et al. (2003), estruturado com 16 questões. Na etapa de análise dos dados utilizou-se a estatística descritiva, sendo utilizado como medidas de tendência central a média e como medida de variabilidade o desvio-padrão.
Foi possível identificar o papel gerencial que mais se destacou de acordo com os respondentes. Assim acentua-se o papel gerencial de negociador como destaque, pois obteve a maior média (8,93), seguido pelo papel de inovador com média (8,84) com significativa avaliação dos pesquisados quanto ao grau de desenvolvimento das competências relativas a esses papéis contemplados no modelo dos sistemas abertos. Em seguida, os outros papéis gerenciais estudados seguem com médias próximas apresentadas na seguinte ordem: mentor (8,80), diretor e facilitador (8,51), coordenador (8,38) e produtor (8,29).
As competências gerenciais desenvolvidas pelos professores-gestores no exercício da função de coordenador de curso permite ampliar seus horizontes de atuação que vão além das atividades pautadas no ensino, pesquisa e extensão. Assim, um docente gestor deve interagir de forma contínua com diversos atores que não faziam parte de seu ambiente de atuação direta, como: alunos, administração superior, técnicos, docentes, pais e familiares e a sociedade.
LE BOTERF, G. Desenvolvendo a competência dos profissionais. 3. ed. rev. e amp. Porto Alegre: Artmed, 2003. QUINN, R. E. et al. Competências gerenciais: princípios e aplicações. 3 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003. ZARIFIAN, P. Objetivo competência: por uma nova lógica. São Paulo: Atlas, 2001.