Resumo

Título do Artigo

“SEJA O QUE VOCÊ QUISER”, DESDE QUE…: um estudo sobre as relações de gênero em uma empresa aérea signatária do Pacto Global.
Abrir Arquivo

Palavras Chave

Gênero
Sustentabilidade
Aviação

Área

Estudos Organizacionais

Tema

Genero, Diversidade e Inclusão nas Organizações

Autores

Nome
1 - Bárbara Ivy Crema de Vasconcelos
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA (UEL) - Londrina
2 - Maria Fernanda Tomiotto
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA (UEL) - Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGA
3 - Adriana Vinholi Rampazo
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA (UEL) - Londrina

Reumo

Em um contexto permeado por avanços superficiais no que tange a inserção das mulheres em mercados de trabalho tidos como “masculinos”, como no caso da aviação, observamos mudanças promissoras nas últimas décadas em relação a presença das mulheres. Como os acordos globais firmados para “assegurar” os direitos iguais. Entretanto, esses ganhos são parciais. As desigualdades entre mulheres e homens persiste, pois são resultantes de construções desiguais a partir de um padrão de referência preponderante. Sendo assim, as dificuldades perpassam tanto o nível doméstico quanto empresarial.
O problema de pesquisa central, o qual se preocupa em compreender, de quais maneiras as relações de gênero se manifestam em uma empresa signatária do Pacto Global? Nesse sentido, temos como objetivo compreender como as relações de gênero são percebidas pelas mulheres em uma empresa aérea signatária do Pacto Global.
Os avanços na paridade de gênero na educação não ajudaram a reduzir a segregação setorial e ocupacional das mulheres. Neste paradigma deslocado, repleto de lacunas, alcançar a igualdade de gênero também depende do posicionamento das questões dos déficits e cadeias de cuidados globais e suas ramificações na economia da agenda local. Longe de ser um desafio simples, a inserção do debate sobre gênero na temática da sustentabilidade requer métodos de pesquisa multidisciplinar e interdisciplinar, bem como envolve a construção de abertura e sensibilidade aos atores sociais distintos.
Nossos procedimentos metodológicos são de abordagem qualitativa e descritiva. As análises tiveram centradas duas fontes principais: documentos públicos da instituição – relatórios, códigos de conduta, página institucional – entrevista semi-estruturada – com uma funcionária da empresa aérea em questão. A técnica utilizada foi a análise da narrativa.
Percebemos que as narrativas presentes na Empresa X se mostram como iniciativas superficiais para lidar com a temática. Ao mesmo tempo em que existe o compromisso com os acordos em âmbito mundial, as ações identificadas soam como meros compromissos legislativos ou que, a “assinatura” por si só seria o suficiente. Sendo assim, as ações acabam sendo “remédios” paliativos às problemáticas cujas causas são resultantes de um processo de desenvolvimento desigual atrelado ao status quo.
Entendemos a importância de compreender a percepção das mulheres nas relações de gênero no mercado de trabalho, bem como elucidar os aspectos, por vezes, não percebidos por elas mesmo, como os desafios encontrados no desenrolar da carreira no próprio contexto da organização.
ALLEN, P.L.; SACHS, C.E. The social side of sustainability: class, gender and race. Science as culture, v.2, n.4, p569-590, 2009. ALVES, José Eustáquio Diniz. Desafios da equidade de gênero no século XXI. Rev. Estud. Fem., Florianópolis, v. 24, n. 2, p. 629-638, ago. 2016. HIRATA, H. Gênero, classe e raça: interseccionalidade e consubstancialidade das relações sociais. Tempo Social, v.26, n.1, p.61-73, Jun. 2014. SACHS, Ignacy. Estratégias de transição para o século XXI. In: BURSZTYN, Marcel et al. Para pensar o desenvolvimento sustentável. São Paulo: Brasiliense, 1993. p. 29-56.