Resumo

Título do Artigo

O Papel da Liderança Transformacional e da Cultura Organizacional no Work-Life Balance: Estudo em uma Instituição de Saúde
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Palavras Chave

Liderança Transformacional
Cultura Organizacional
Work Life Balance

Área

Gestão de Pessoas

Tema

Gestão de Pessoas e de Equipes

Autores

Nome
1 - Vânia Montibeler Krause
UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU (FURB) - Blumenau
2 - Marianne Bernardes
Universidade Regional de Blumenau - FURB - Blumenau
3 - Giancarlo Gomes
UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU (FURB) - Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGAd e Pós-Graduação em Ciências Contábeis - PPGCC
4 - Gérson Tontini
UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU (FURB) - Mestrado em Administração

Reumo

A liderança tem o potencial de mudar positiva ou negativamente a moral no trabalho dos funcionários, tendo sido identificada como um importante fator ao bem-estar psicológico (ARNOLD et al., 2007). A liderança transformacional pode influenciar a cultura organizacional e o Work Life Balance (EMERY; BARKER, 2007). Cameron e Quinn (2006) desenvolveram um modelo teórico denominado Competing Values Framework, que vem sendo aplicado em organizações de saúde para identificar quais os tipos de cultura predominantes. As práticas do WLB também se mostraram imprescindíveis para a organizações da saúde.
O equilíbrio entre a vida profissional e pessoal tornou-se um assunto de interesse para os estudiosos, assim como para os líderes, devido as mudanças demográficas, tecnológicas e mudanças nas expectativas e aspirações individuais. Entretanto, pouca atenção tem sido dedicada em compreender as relações entre liderança transformacional, cultura organizacional e o WLB. Este estudo busca ampliar este debate analisando o papel da liderança transformacional e da cultura organizacional - conforme modelo de Cameron e Quinn (2006) - no WLB em um hospital com mais de 90 anos de funcionamento.
Uma das funções de um líder é criar, gerenciar e, quando necessário, destruir uma cultura. A cultura não é estática ao longo do tempo e várias culturas diferentes podem existir na mesma organização. Qualquer definição de cultura precisa levar em conta a possibilidade de subculturas concorrentes. O Competing Value Model (CAMERON; QUINN, 2006) fornece um mecanismo que vê as organizações como tendo uma cultura dominante e que ela pode mudar com o tempo. Em relação ao WLB, pesquisas mostram que as pessoas que percebem equilíbrio entre seu trabalho e os papéis da vida tendem a ser mais satisfeitas.
A população foi 988 colaboradores ativos, a amostra foi de 424 questionários válidos para a análise. Os dados foram coletados utilizando questionário composto por relacionadas com a Liderança Transformacional; cultura organizacional com base no Organizational Culture Assessment Instrument (OCAI) de Cameron e Quinn (2006). Questões envolvendo o Work Life Balance. Por fim, aspectos pessoais dos respondentes. Os dados foram coletados em um hospital de Santa Catarina, inaugurado pela Comunidade Luterana em junho de 1920. Para a análise dos dados utilizou-se a Modelagem de Equações Estruturais.
Com os resultados da confiabilidade, é possível atestar que os construtos demonstraram limites aceitáveis. A instituição tem uma cultura superior em relação ao clã (4,09) do que em relação as culturas de adhocracia (3,92), hierárquica (3,83) e de mercado (3,86). A Liderança transformacional exerce influência positiva e significativa em todos os tipos de cultura (Clã, Adhocrática, Hierárquica, Mercado). O único tipo de cultura que tem influência positiva e significativa no WLB foi a Clã (β = 0.280, p < 0.005). Os resultados entre o sexo divergiram apenas na relação entre Cultura Clã e WLB.
A cultura predominante foi de Clã. Os profissionais de saúde buscam mais flexibilidade, um ambiente mais orientado para as pessoas, mais inovação e liberdade profissional. A Cultura Clã e a Liderança têm uma influência no WLB. Na análise individualizada, os resultados entre o sexo masculino e feminino divergiram apenas na relação entre Cultura Clã e WLB. A partir dos diagnósticos do papel da liderança transformacional e da cultura nas relações entre WLB, os demais hospitais ou os próprios gestores podem desenvolver treinamentos voltados para a implementação de programas voltados ao WLB.
ALEGRE, Joaquín; PASAMAR, Susana. Firm innovativeness and work-life balance. Technology Analysis & Strategic Management, v. 30, n. 4, p. 421-433, 2017. BASS, Bernard M.; AVOLIO, Bruce J. Transformational leadership and organizational culture. The International Journal of Public Administration, v. 17, n. 3-4, p. 541-554, 1994. CAMERON, Kim S.; QUINN, Robert E. Diagnosing and changing organizational culture. Revised Edition. San Francisco: Jossey-Bass, 2006. SCHEIN, E. H. Organizational culture and leadership: a dynamic view. San Francisco, C.A: Jossey-Bass, 2004.