Resumo

Título do Artigo

ENTENDEU OU QUER QUE DESENHE? AS PERCEPÇÕES DE DISCENTES DO BACHARELADO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO SOBRE O USO DE MAPAS MENTAIS NA DISCIPLINA TEORIA GERAL DA ADMINISTRAÇÃO
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Palavras Chave

Ensino de Administração
Metodologia Ativa
Mapas Mentais

Área

Ensino e Pesquisa em Administração

Tema

Ambientes de ensino-aprendizagem

Autores

Nome
1 - Raphael de Morais
UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS (UFLA) - Lavras
2 - João Luis de Sousa
UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS (UFLA) - Lavras
3 - Laura Junqueira Vargas
UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS (UFLA) - Lavras
4 - Rodrigo Cassimiro de Freitas
UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS (UFLA) - Campus Lavras
5 - Valéria Brito
UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS (UFLA) - Departamento de Administração e Economia

Reumo

O processo de sistematização do conhecimento aprendido nas salas de aula varia entre as pessoas, podendo ser fomentado a partir da adoção de diferentes estratégias metodológicas. Especialmente em disciplinas que aparentemente não fazem parte de um espectro técnico relacionado a algum curso, que geralmente despertam pouco interesse nos discentes, o uso de metodologias ativas pode auxiliar no propósito de ensino-aprendizagem. Os mapas mentais despontam, então, como uma das estratégias didáticas que auxiliam a processar, estruturar e relacionar as informações adquiridas.
Os mapas mentais representam uma ferramenta estimulante para a sistematização do conhecimento (Buzan, 2009). Destarte, verifica-se a necessidade de compreender de que maneira seu uso pode auxiliar no processo de ensino-aprendizagem da Administração. O objetivo central deste trabalho é analisar e descrever as percepções dos discentes do primeiro período do curso de Sistemas de Informação, matriculados na disciplina Teoria Geral da Administração, após sistematizarem o conteúdo ministrado durante as aulas, no primeiro semestre de 2018, através de um mapa mental como uma ferramenta didática.
Segundo Andrade & Amboni (2017), a Teoria Geral da Administração encontra-se como disciplina obrigatória nos mais diversos cursos profissionalizantes e superiores e apontam para a necessidade de se compreender a fundo tais teorias. Para Vergara (2003), a perspectiva expositiva de conteúdos vem se mostrando insuficiente para a geração de conhecimento nos estudantes. Buzan (2009) nos apresenta, então, o mapa mental, uma estratégia de ensino que contribui para a sistematização do conhecimento e uma forma de armazenar, organizar e priorizar informações, através do uso de palavras chave e imagens.
A pesquisa caracteriza-se como um estudo de caso, de caráter descritivo e natureza qualitativa. Foram estudadas as percepções de discentes do curso de Bacharelado em Sistemas de Informação matriculados na disciplina Teoria Geral da Administração. Formaram-se sete grupos, que tiveram que sistematizar o conteúdo visto na disciplina a partir da elaboração de um Mapa Mental. Foi aplicado um questionário aberto para cada grupo, com questões relacionadas aos possíveis benefícios e limitações que a metodologia pode trazer. Para tratamento das informações coletadas foi utilizada a análise de conteúdo.
Constatou-se que os discentes consideram importante a orientação do professor para o desenvolvimento do Mapa Mental, além de verem como positivo o fato da atividade ser feita em grupo e em sala de aula, mostrando a relevância de que seja disponibilizado um espaço propício. Também reconheceram que o objetivo do mapa foi atingido, uma vez que conseguiram sistematizar a evolução do pensamento administrativo, e que a atividade estimula a criatividade. Destacaram como um ponto negativo a falta de coesão da divisão de tarefas no grupo e afirmaram que utilizariam a estratégia em outras oportunidades.
Conclui-se que o Mapa Mental representa uma metodologia ativa que contribui para o processo de sistematização do conhecimento. Os discentes entrevistados avaliaram a atividade, de modo geral, como positiva apontando para a possibilidade de uso em outras disciplinas. Desta forma, principalmente para aquelas teóricas, conclui-se que o uso de mapas mentais pode auxiliar na compreensão do conteúdo. Indica-se como estudo futuro sua aplicação em outras disciplinas de gestão ou até mesmo em outras turmas da mesma disciplina adotada na presente pesquisa para realização de análises comparativas.
Andrade, R., & Amboni, N. (2017). TGA – Teoria Geral da Administração. Rio de Janeiro. Elsevier. Buzan, T. (2009). Mapas Mentais: métodos criativos para estimular o raciocínio e usar ao máximo o potencial do seu cérebro. Rio de Janeiro: Sextante. Vergara, S. C. (2003). Repensando a relação ensino-aprendizagem em administração: argumentos teóricos, práticas e recursos. Organizações & Sociedade, 10(28), 131-142. Zamora, J. R., & Ramírez, J. R. (2013). El uso del mapa mental como herramienta didáctica en los procesos de investigación. Revista e-Ciencias de la Información, 3(2), 1-22.