Resumo

Título do Artigo

CAPACIDADES DINÂMICAS E SUSTENTABILIDADE: QUAIS E ONDE SE CONCENTRAM OS INTERESSES DE PESQUISAS?
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Palavras Chave

CAPACIDADES DINÂMICAS
SUSTENTABILIDADE
VARIÁVEIS,ORIGEM E SETOR DA PESQUISA

Área

Gestão Socioambiental

Tema

Gestão Ambiental

Autores

Nome
1 - VERONICA DE MENEZES NASCIMENTO NAGATA
Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo - FEA - PPGA
2 - Moacir Miranda de Oliveira Junior
Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo - FEA - FEA

Reumo

Para que as empresas façam a transição de uma atuação que privilegia os objetivos econômicos para uma atuação orientada para a sustentabilidade, parecem investir no desenvolvimento de capacidades e recursos que permitam alinhamento a este paradigma de desenvolvimento.Distinguir que capacidades e recursos são necessários para que a empresa tenha uma atuação sustentável bem como saber como desenvolvê-los, constitui-se de um desafio, sobretudo para empresas cuja atuação causam grande impacto ao meio natural, como por exemplo, as ligadas às indústrias de exploração de recursos naturais.
Pesquisas vêm sendo realizadas para identificar este fenômeno, suas relações e o que favorece. As capacidades dinâmicas e os elementos que as constituem são apresentados por Teece (2007) em seu quadro tripartite.O problema de pesquisa que apresentamos é quais seriam as variáveis nos estudos envolvendo capacidades dinâmicas e sustentabilidade. Objetivamos identificar as variáveis que vêm sendo consideradas nas pesquisas já realizadas, que relacionam CD´s e sustentabilidade e o quanto elas são aderentes ao quadro tripartite e identificar a origem destas pesquisas (países) como também os setores
Segundo Teece et al. (1997) as CD´s consistem na habilidade da firma de integrar, desenvolver e reconfigurar competências internas e externas a fim de lidar com as mudanças em seu ambiente competitivo e estas CD´s estão agrupadas em capacidade de percepção e apreensão de oportunidades e de gestão de ameaças(Teece,2007).A Sustentabilidade está associada à obtenção pelas empresas de resultados positivos em termos econômicos,sociais e ambientais e se as elas se esforçam para recuperar e desenvolver os recursos que consomem hoje e no futuro, isso pode ser considerado Sustentabilidade(Ehnert,2009).
Observamos publicações com interesses nas seguintes variáveis:adoção de tecnologia pioneira para a sustentabilidade;desenvolvimento colaborativo, intensidade de P&D;gestão de relacionamentos na cadeia de suprimentos;adaptabilidade e resiliência;capacidade de ecodesign e de inovação verde;visão sustentável compartilhada e apoio da alta gestão,dentre outras.As pesquisas vêm sendo realizadas em países desenvolvidos em detrimento aos em desenvolvimento com foco em setores como automobilístico, bioplásticos e químico e ausência para setores ligados ao beneficiamento de recursos naturais(RN).
Apontamos três contribuições do presente:Primeiro,identificação das variáveis consideradas nos artigos analisados permitirão o design de um modelo preliminar que melhor represente os constructos CD´s e Sustentabilidade nas empresas.Segundo,identificação de lacunas de pesquisa para países em desenvolvimento, como o Brasil e em setores ligados ao beneficiamento de RN(terceiro).Setores ligados ao beneficiamento de RN representam a vocação econômica para países emergentes e pesquisas relacionados à Sustentabilidade empreendidas,devido aos impactos causados ao meio natural por estas empresas.
Ehnert, I. (2009). Sustainable Human Resources Management: a Conceptual and Exploratory Analysis from a Paradox Perspective. Berlin, Germany: Physica-Verlag. Elkington, J. (1997). Cannibals with Forks: The Triple Bottom Line of 21st Century Business. Oxford, UK: New Society Publishers. Teece, D. J. (2007). Explicating Dynamic Capabilities: the nature and microfoundations of (sustainable) enterprise performance. Strategic Management Journal, 28, 1319-1350. Teece, D. J., Pisano, G., Shuen, A. (1997). Dynamic capabilities and strategic management. Strategic Manag. J., 18(7), 509-533.