Resumo

Título do Artigo

DESEMPENHO DO VALUE-AT-RISK NOS PAÍSES EMERGENTES E DESENVOLVIDOS
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Palavras Chave

Value-at-Risk
ARCH
Redes Neurais

Área

Finanças

Tema

Governança, Risco e Compliance

Autores

Nome
1 - Luiz Eduardo Gaio
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS (UNICAMP) - Faculdade de Ciências Aplicadas
2 - Tabajara Pimenta Junior
FEA-RP/USP - FEA-RP
3 - Fabiano Guasti Lima
FEA-RP/USP - Departamento de Contabilidade
4 - Ivan Carlin Passos
UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE (UFF) - VCO
5 - Nelson Oliveira Stefanelli
FEA-RP/USP - Ribeirão Preto

Reumo

O tema risco tem sido uma das principais questões estudadas e discutidas nos últimos anos. Talvez pelas recorrentes crises que o mercado presenciou nas últimas décadas. No entanto, foi a partir da década de 70 que a indústria financeira desenvolveu diversos mecanismos controladores para mitigar os riscos inerentes ao mercado financeiro. Com a popularização do mercado de capitais, veio o aumento de especuladores e crescimento da volatilidade. O que antes era um mercado mais restrito às instituições financeiras, hoje se tornou de acesso popular.
Diante das exigências de controle do risco de mercado, conforme estabelece o regulamento das instituições financeiras (Acordo Basiléia), e tendo em vista os diversos estimadores de Value at Risk (VaR) presentes na literatura acadêmica, os modelos existentes são capazes de fornecer boas estimativas de risco em momentos de crises financeiras internacionais? O estudo teve como objetivo avaliar a capacidade preditiva dos modelos de estimação do risco de mercado em momentos de crises financeiras
Conforme Jorion (2001) o VaR é a principal medida de risco de mercado. Ele é uma estimativa da perda máxima de um ativo, ou portfólio, para um dado período de tempo e um nível de confiança. Por meio dele o gestor de risco poderá prever, com um certo nível de confiança estatística, a variação máxima das oscilações do valor de seus investimentos, em um determinado tempo. O VaR é uma medida estatística. Com isso, não trabalha com uma estimativa exata, mas uma estimativa em um dado nível de probabilidade de ocorrência.
Foram testados modelos de estimação do Value-at-Risk (VaR) aplicados aos retornos diários de carteiras compostas por índices de ações de países desenvolvidos e emergentes. Foram testados o modelo VaR de Simulação Histórica, modelos ARCH multivariados (Bekk, Vech e CCC), Redes Neurais Artificiais e funções Cópulas. A amostra de dados refere-se aos períodos de duas crises financeiras internacionais, Crise Asiática, de 1997, e Crise do Sub Prime dos EUA, de 2008.
Os resultados apontaram que os modelos ARCH multivariados (Vech e Bekk) e Cópula - Clayton tiveram desempenho semelhantes, com bons ajustes em 100% dos testes. Diferentemente do que era esperado, não foi possível perceber diferenças significativas entre os ajustes para países desenvolvidos e emergentes e os momentos de crise e normal.
Este estudo pode contribuir para que as instituições financeiras e investidores fiquem atentos aos modelos utilizados para controle e gestão do risco de mercado. Mesmo estando de acordo com as exigências legais, os estimadores de risco podem ser ineficientes em momentos de alta volatilidade, o que alerta para que os parâmetros de cada modelo sejam sempre reavaliados.
JORION, P. Value-at-Risk: The new benchmark for controlling market risk. 2 ed. MacGraw-Hill, New York, 2001.