Resumo

Título do Artigo

Relação entre Depósito de Patentes com Mobilidade Acadêmica Internacional, Nível de Formação Acadêmica e Campo de Conhecimento
Abrir Arquivo

Palavras Chave

Mobilidade Acadêmica Internacional
Patentes
Campo de Conhecimento

Área

Gestão da Inovação

Tema

Gestão do Conhecimento, Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia

Autores

Nome
1 - Paulette Siekierski
ESCOLA SUPERIOR DE PROPAGANDA E MARKETING (ESPM) - São Paulo
2 - Manolita Correia Lima
ESCOLA SUPERIOR DE PROPAGANDA E MARKETING (ESPM) - PMDGI - São Paulo

Reumo

O estudo relaciona patentes com mobilidade acadêmica internacional, nível de formação e campo de conhecimento. Cientistas internacionais e empresários desempenham um papel central nas economias porque contribuem não apenas para criar novas empresas e gerar postos de trabalho, mas também são fonte fundamental de inovação e competitividade. Analisa a trajetória de 282 pesquisadores, primeiros colocados no ranking de 2014 da USP com o número de patentes depositadas ao longo de sua carreira.
O artigo estuda dos efeitos da mobilidade internacional de talentos acadêmicos, seu nível de formação, assim como seu campo de atuação no depósito de patentes. Examina o papel das patentes para a inovação, as áreas que mais depositaram patentes e suas contribuições para a CTI no Brasil, levando em conta a geração de empregos, aumento da renda e democratização de oportunidades. Discute laços entre universidade, indústria e governo na produtividade industrial e acadêmica.
O depósito de patentes pode ser associado positivamente com a mobilidade acadêmica internacional e know how, quanto maior for a experiência internacional do pesquisador maior será a sua produtividade; com o nível de formação acadêmica e conhecimento, quanto maior for o nível de formação do pesquisador maior será a sua produtividade; e com a pesquisa aplicada (tecnológica), quanto mais sua carreira for orientada para a indústria maior a sua produtividade.
Para investigar a relação entre mobilidade acadêmica, formação e atuação dos pesquisadores com depósito de patentes, foi escolhida uma abordagem metodológica mista, quantitativa e qualitativa. Na quantitativa foi realizada uma análise descritiva de dados coletados de bases primárias e secundárias disponíveis no INPI, Lattes, OECD, UNESCO, World Bank, Global Innovation Index, United Nations Development Programme. Na qualitativa, foram realizadas entrevistas com colaboradores do INPI.
Quanto maior o número de patentes depositadas pelos inventores, mais elevado o nível de formação acadêmica e maior a mobilidade internacional, com preferência por países de língua inglêsa. O fator que tem maior peso é o nível de formação acadêmica. Predominam carreiras orientadas para a indústria por pesquisadores que atuam nas áreas de Química, Engenharia e Farmacologia. Existe uma predominância de 70% de pesquisadores do sexo masculino além de 20% de inventores de ascendência oriental.
Há dois tipos de pesquisa: básica (científica) cujo conhecimento gerado é público e aplicada (tecnológica) cujo conhecimento gerado é particular, protegido por patentes. O Brasil ganharia se houvesse maior aproximação entre ciência básica e aplicada por meio da universidade, indústria e governo. EUA, Japão e Coréia Sul reconhecem a relevância da pesquisa aplicada. A produtividade aumenta não apenas quando a transformação é da indústria para a academia, mas da academia para a indústria.
Gibon, J. & McKenzie, D. (2014). Scientific mobility and knowledge networks in high emigration countries: Evidence from the Pacific, Research Policy, 43, 1486–1495 Hoisl, K. (2007). Tracing mobile inventors. The causality between inventor mobility and inventor productivity, Research Policy, 36, 619-636 Stokes, D. E. (2005). O quadrante de Pasteur: a ciência básica e a inovação tecnológica. Tradução: Malorino, J. E. Campinas, SP: Editora da Unicamp