Resumo

Mensurar a qualidade é uma tarefa complexa. Em 1972 Eugene Garfield ofertaria a ciência o Fator de Impacto (FI), um dos índices para qualificar o conhecimento produzido mais utilizado e ao mesmo tempo criticado da ciência contemporânea (Moed, 2010). Desde então, outros índices par qualificar a ciência e os autores vem aparecendo, como o H-Index, CiteScore ou Fator de Imediatismo.

Os índices atuais se preocupam em avaliar a qualidade e a produtividade científica, porém não direcionam a ciência para atender demandas locais. Nessa perspectiva este estudo busca responder: é possível oferecer novos indicadores para ciência, aproveitando a contribuição dos índices existentes e direcionando a pesquisa para um desenvolvimento da comunidade científica como um todo e não a favor de interesses individuais? Assim o objetivo esta pesquisa é apresentar três índices de direcionamento da ciência para um objetivo universal, valorando a colaboração e a dispersão do conhecimento.

Glänzel e Moed (2002), explicam que o fator de impacto, apesar das críticas, ainda é o índice mais utilizado para mensurar a qualidade científica. Muitas outras métricas têm surgido como h-index e CiteScore com a finalidade de arrojar uma luz a respeito da qualificação da pesquisa. Porém índices apresentados como qualificadores de pesquisa, na verdade são instrumentos para reafirmar produtividade de um grupo fechado de autores e editores, já consagrados.

Apresentação de três índices bibliométricos alternativos a partir dos indicadores existentes já consolidados . O hcol tem como finalidade fomentar colaborações entre pesquisadores de diferentes níveis, favorecendo um crescimento de toda comunidade científica. o Índice de Impacto Acadêmico (IAC) objetiva aproximar as relações entre o professor pesquisador e o aluno de graduação. O índice de impacto social responsável tem como objetivo aproximar a ciência do objeto de estudo por meio da garantia do compromisso do pesquisador com o problema da pesquisa.

Sabe-se que existe a necessidade das instituições, países, editores e autores em criar indicadores de qualidade e produtividade acadêmica visto que eles se tornam filtros para a tomada de decisões abrangentes ou mesmo a progressão da carreira de um professor. Contudo no atual contexto, seus próprios criadores deixaram claro que esses indicadores não estão desenhados para esse fim, uma vez que em áreas diferentes de pesquisa, a idade do pesquisador, o país e o idioma influenciam nos cálculos.

Ressalta-se que os índices apresentados nesta investigação são alternativos e não tem o objetivo de substituir os índices já utilizados atualmente. Por este motivo, esses parâmetros já consolidados no meio acadêmico serviram como referencia para esse estudo. Espera-se, com os índices propostos levantar novas discussões e proposições de indicadores mais assertivos sobre a pesquisa científica.

Bertoli-Barsotti, L., & Lando, T. (2017). A theoretical model of the relationship between the h-index and other simple citation indicators. Scientometrics, 111(3), 1415-1448. Carter, T. E., Smith, T. E., & Osteen, P. J. (2017). Gender comparisons of social work faculty using H-Index scores. Scientometrics, 111(3), 1547-1557. Garfield, E. (1972), Citation analysis as a tool in journal evaluation, Science, 178 : 471–479. Harzing, A. W., & Alakangas, S. (2016). Google Scholar, Scopus and the Web of Science: a longitudinal and cross-disciplinary comparison. Scientometrics, 106(2), 787-804.