Inovação Social
Transferência de Tecnologia
Plantas Medicinais e Fitoterápicos
Área
Gestão da Inovação
Tema
Tecnologia e Sustentabilidade, Inovação e Sociedade
Autores
Nome
1 - Paola Akiko Conceição Nagata Yamada Instituto Tecnológico das Cadeias Biossustentáveis - ITCBio - Recife
2 - NELSON DA CRUZ MONTEIRO FERNANDES UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO (UFPE) - CENTRO ACADÊMICO DO AGESTE
3 - Cláudia Sampaio de Andrade Lima -
4 - roberta Medeiros de souza cavalcanti UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO (UFRPE) - Unidade Acadêmica de Garanhuns
Reumo
No BRASIL a ONU (2017) tem enfatizado a necessidade de ações para o desenvolvimento produtivo estimulando a inovação em convergência com a inclusão social e a proteção do meio ambiente (ONU, 2017). Focou-se na cooperação e estímulo à transferência de tecnologia produzidos entre Centros de Pesquisa e sociedade, como uma forma de abrir possibilidades a Comunidades carentes, tendo em vista a contribuição para solução de problemas locais. No projeto analisado identificou-se particularidades que se encontram presentes no conceito de Inovação Social.
Como um sistema científico e tecnológico aporta soluções inovadoras para comunidades produtoras de plantas medicinais e fitoterápicos na região metropolitana do Recife?
A definição de inovação social escolhida foi baseada nos conceitos do grupo de estudos canadense Centre de Recherche sur les Innovations Sociales CRISES. A partir dessa escolha foi elencado o modelo de Tardif e Harrisson (2005) que propõe os esses indicadores: a) novidade e caráter inovador da inovação; b) objetivo da inovação; c) processo de desenvolvimento da inovação; d) relações entre atores e estruturas; e) restrições ao desenvolvimento da inovação. Para entender a viabilização e normatização do acesso ao conhecimento priorizou o conceito de transferências de tecnologia de Autm (2017).
Realizamos uma pesquisa de caráter exploratória e descritiva, através da análise documental seguida de entrevistas, permitindo a compreensão dos resultados sob a ótica qualitativa. A pesquisa foi realizada em cinco etapas: (1) pesquisa bibliográfica, (2)
análise do Relatório do Projeto Desenvolvimento da Cadeia Biossustentável de Plantas Medicinais e Fitoterápicos em PE (2015), (3) levantamento de dados por meio de entrevistas junto às Comunidades estudadas, (4) análise de conteúdo temática.
A partir do modelo de Tardif e Harrisson (2005) o projeto analisado propôs a compreensão da linguagem técnica para transformar as práticas de manuseio dos produtos. Nesse aspecto, a metodologia de transferências de tecnologia adotada foi descrita pelas lideranças comunitárias com satisfatória. Contudo, iniciativas para a consolidação amadurecimento de certos procedimentos são escassos. Nesse contexto, as políticas públicas e as diferenças culturais (PÉREZ-NORDTVEDT et al, 2008) careceram de maior compreensão para que o processo de transferência de conhecimento seja mais efetiva.
As práticas implantadas pelo projeto se configuraram como provocadoras de transformação social, propondo o desenvolvimento de iniciativas de inovação social por meio da transferência de tecnologia, viabilizando mudanças comportamentais que emergem do compartilhamento de conhecimentos diversificados, da reflexão das experiências e do aprendizado pela interação e experimentação. O estudo pôde contribuir para que estudos futuros aprofundem o debate sobre as formas que o Estado, a coletividade científica e sociedade possam ampliar seu potencial para gerar inovação social de forma promissora.
LIMA, C. S. de A,; YARA, R.; RIBEIRO, K. X. F.; RAMOS. M.A.; SANTOS, W. P. Relatório Final Desenvolvimento da Cadeia de Plantas Medicinais e Fitoterápicos em PE. Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste, 2015.
PÉREZ-NORDTVEDT, L; KEDIA, B. L; DATTA, D.K.; RASHEED, A. A.Effectiveness
and Efficiency of Cross-Border Knowledge Transfer: An Empirical Examination. Journal of Management Studies, v. 45, p. 714-744, 2008.
TARDIF, C.; HARRISSON, D. Complémentarité, convergence et transversalité: laconceptualisation de l’innovationsocialeau CRISES. Cahiersdu CRISES. Québec, 2005.