Resumo

Título do Artigo

Os Modelos de Inovação na Interação Universidade-Empresa: observações em agências de inovação e organizações empresariais
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Palavras Chave

modelos de inovação
interação universidade-empresa
inovação aberta

Área

Gestão da Inovação

Tema

Redes, Ecossistemas e Ambientes de Inovação

Autores

Nome
1 - PAULO HENRIQUE MARTINS DESIDÉRIO
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO (UFMT) - ICHS/Curso de Administração
2 - José Carlos Marques
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO (UFMT) - Cuiabá
3 - Carlos Antonio Cardoso Sobrinho
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA GOIANO (IF Goiano) - CAMPUS RIO VERDE
4 - Ibsen Mateus Bittencourt Santana Pinto
UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS (UFAL) - Faculdade de economia, administração e contabilidade - FEAC
5 - Renato Neder
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO (UFMT) - FACC

Reumo

O processo inovativo pode ser apresentado em diversos formatos na sociedade e no mercado. Tidd e Bessant (2015) observam que o ato de inovar não se aplica apenas para abertura de novos mercados, mas também por conseguir oferta de novas formas para servir a mercados já existentes. Nesse contexto, a identificação dos tipos de inovação pelas organizações empresariais pode ser estratégica para suas incursões no mercado. O posicionamento dos tipos de inovação que universidades e centros de pesquisa adota para suas pesquisas podem ser conflitantes com as necessidades de curto prazo das empresas.
O problema de pesquisa se ancorou na seguinte questão: quais os tipos de inovação mais recorrentes em processos de interação e transferência tecnológica realizadas pelas agências de inovação e empresas? O objetivo foi identificar quais são os tipos de inovação mais recorrentes nas empresas e agências de inovação brasileiras em ações de interação e transferência tecnológica.
Uma das correntes conceituais sobre inovação pode ser atribuída ao que Utterback (1971) destaca ser consequência de uma invenção que atingiu o mercado, desde o exercício de uma ideia para solucionar um problema até sua aplicação com os devidos retornos requeridos. Sobre os tipos de inovação, podem ser apresentadas as classificações das inovações nos formatos incrementais, radicais (HENDERSON; CLARK, 1990; OCDE, 2005), disruptivos (BOWER; CHRISTENSEN, 1995; MARKIDES, 2006) e aberta (CHESBROUGH, 2003). Porter (1990) apresenta que a forma adequada de inovação pode gerar vantagem competitiva.
A pesquisa teve como premissa metodológica a ênfase teórica-empírica e descritiva (CRESWELL, 2010), com análise quantitativa dos dados extraídos em campo pela amostra das agências de inovação filiadas no FORTEC e nas empresas tipificadas como associadas, graduadas e incubadas das associações ANPEI e ANPROTEC. Foram obtidas 100 respostas das empresas e 59 respostas das agências de inovação. Realizou-se também a etapa qualitativa por meio de entrevistas com sete gestores de inovação para identificar os tipos de inovação mais recorrentes na interação universidade-empresa.
O item Inovação Incremental foi o que apresentou maior proximidade como ocorrência contínua deste tipo de inovação pelos pesquisados e entrevistados. As empresas perceberam que seus esforços para ações inovativas são mais incrementais que, conforme relatam Henderson e Clark (1990) e Markides (2006), podem ser relacionadas a melhorias nos produtos e serviços existentes. No entanto, os índices de inovação radical e disruptiva obtiveram número satisfatório no intervalo da escala Likert, o que demonstra que as empresas e agências de inovação reconhecem a importância destas formas de inovação.
O objetivo desta pesquisa de apresentar um levantamento dos tipos de inovações mais apontados pelas empresas e agências de inovação no processo de interação foi atingido, por meio da coleta de dados com as amostras das empresas e agências de inovação para levantamento do tipo de inovação com maior ocorrência na relação universidade e empresa e nas entrevistas realizadas com os gestores de inovação. Foram identificados os tipos de inovação incremental, radical e disruptiva ( HENDERSON; CLARK, 1990; MARKIDES, 2006; OCDE, 2005) e a opção de inovação aberta (CHESBROUGH, 2003).
CHESBROUGH, H. Open innovation: the new imperative for creating and profiting from technology. Boston: Harvard Business School Press, 2003. DOSI, G. Technological paradigms and technological trajectories. Research Policy, v. 11, p. 147–162, 1982. HENDERSON, R. M.; CLARK, K. B. Architectural innovation: the reconfiguration of existing product technologies and the failure of established firms. Administrative Science Quarterly, v. 35, n. 1, p. 9–30, 1990. MARKIDES, C. Disruptive innovation : in need of better theory. Journal of Product Innovation Management, v. 23, n. 2006, p. 19–25, 2006.